O segundo turno findou a novela das eleições (ainda bem!) e, ao que me parece, tudo vai ficar como era antes... Nada de novidades.
Meu final de semana foi de avidez literária, um pouco por imposição (três livros para ler até quarta!). Mas foi bom ficar no sossego, em companhia de grandes personagens e de um mega pote de sorvete de chocolate... Ai ai.
Semana mais curtinha esta, em contagem regressiva para meu aniver! EEE (Por que será que poucas pessoas, além de mim, gostam de aniversário?)
Estou meio sem criatividade nem paciência. Por isso este post, sem pé nem cabeça, com gosto de vento.
E fim de papo.
P.S.: Ah, só um trechinho de uma música: "Eu abri meu coração, como se fosse um motor / E na hora de montar, sobraram peças pelo chão..." (Engenheiros do Hawaii) - Estou tentando dar um bom destino às pecinhas que sobraram...
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
sexta-feira, 27 de outubro de 2006
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Anedota escolar (baseada em fatos reais)
- Ninguém sai da sala, vou ali buscar uns dicionários na biblioteca.
A professora sai e vai até lá.
Na biblioteca:
- Professora, eu vim até aqui...
- Eu não falei que não era pra sair da sala???
- Mas eu vim até aqui exatamente pra pedir pra senhora se eu posso ir no banheiro...
(O que se responde pra uma criatura dessas?)
A professora sai e vai até lá.
Na biblioteca:
- Professora, eu vim até aqui...
- Eu não falei que não era pra sair da sala???
- Mas eu vim até aqui exatamente pra pedir pra senhora se eu posso ir no banheiro...
(O que se responde pra uma criatura dessas?)
quarta-feira, 25 de outubro de 2006
Espelhos
Um das piores coisas que se pode sentir (tudo bem, pode até ser um exagero) é você sentir saudades de quem ou do que está à sua frente. Por mais sem sentido que isso possa parecer, explico: na verdade não são saudades da pessoa em si. É de um jeito de ser que não existe mais, ou de uma parte dela que, por imperiosas necessidades, foi ocultada... O que torna tudo isso ruim é você estar ali, todo o dia à frente dela, ver que tudo mudou e não poder mais ter aquilo que tinha. E aí bate a saudade e você tem que se conformar com o que tem. Porque ainda tem algo.
O mesmo pode acontecer com espelhos...
***
Pusemos um carro alegórico em frente ao incêndio. Para disfarçar. Só que alguns pedaços estão sendo sapecados e isopor é altamente inflamável...
***
Alguém aprendeu a pular e gostou da brincadeira... :D
Trilha Sonora: Esquadros, Adriana Calcanhoto.
"Eu ando pelo mundo divertindo gente
chorando ao telefone
e vendo doer a fome nos meninos que têm fome"
O mesmo pode acontecer com espelhos...
***
Pusemos um carro alegórico em frente ao incêndio. Para disfarçar. Só que alguns pedaços estão sendo sapecados e isopor é altamente inflamável...
***
Alguém aprendeu a pular e gostou da brincadeira... :D
Trilha Sonora: Esquadros, Adriana Calcanhoto.
"Eu ando pelo mundo divertindo gente
chorando ao telefone
e vendo doer a fome nos meninos que têm fome"
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Um adendo
São 20h e 30 min, eu estava excomungando o mundo por estar presa nesta Reunião da Câmara até essa hora, desesperada, clamando para não estar aqui, clamando para sumir!
Foi quando alguém, bem pequenininho, pulou (PULOU!) pela primeira vez dentro de mim! Parece que me chamando, me dizendo pra me acalmar, me dizendo "oi, estou aqui!"
Não consigo conter as lágrimas, neste momento... E só elas são capazes de expressar o que estou sentindo...
Foi quando alguém, bem pequenininho, pulou (PULOU!) pela primeira vez dentro de mim! Parece que me chamando, me dizendo pra me acalmar, me dizendo "oi, estou aqui!"
Não consigo conter as lágrimas, neste momento... E só elas são capazes de expressar o que estou sentindo...
Frases do dia
"Ah, professora Teresa, fica até o final do ano com a gente, ficaaaaaaaa..."
"Teu pai fez o exame, o resultado sai na sexta, mas vai dar tudo certo."
"Teresa, você foi selecionada para o Concurso Poemas no Ônibus de Gravataí. Avisaremos quando ocorrer a premiação."
"Você me assusta se fazendo de exata."
"Parabéns, parabéns pelo teu aniversário!" (obs.: é só na semana que vem, hehe)
"Tu estás com olheiras, andas muito atarefada, melhor descansar."
"Vais ter que ler de madrugada os dois livros pra semana que vem, lá lá lá."
"Marcamos um café pra Feira do Livro..."
E agora, por mim mesma:
Se você quiser compreender as pessoas, desobserve-as.
E por hoje, é só.
"Teu pai fez o exame, o resultado sai na sexta, mas vai dar tudo certo."
"Teresa, você foi selecionada para o Concurso Poemas no Ônibus de Gravataí. Avisaremos quando ocorrer a premiação."
"Você me assusta se fazendo de exata."
"Parabéns, parabéns pelo teu aniversário!" (obs.: é só na semana que vem, hehe)
"Tu estás com olheiras, andas muito atarefada, melhor descansar."
"Vais ter que ler de madrugada os dois livros pra semana que vem, lá lá lá."
"Marcamos um café pra Feira do Livro..."
E agora, por mim mesma:
Se você quiser compreender as pessoas, desobserve-as.
E por hoje, é só.
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Um domingo. Um pensamento. Um conto.
Divã
Ela estava esparramada sobre o sofá, que parecia ter encurtado um pouco, dado que seus pés não costumavam ficar para fora do braço. A televisão já não era mais a mesma, embora estivesse sobre aquele mesmo móvel puído onde ela costumava guardar suas bonecas "Moranguinho". Hoje as gavetas estavam ocupadas com papéis, quinquilharias, alguns carrinhos de última geração que seu sobrinho havia esquecido na casa dos "abuelos".
Olhava distraída para o programa de televisão, enquanto os outros faziam qualquer coisa: os outros eram seus irmãos, sua mãe, seu pai. Nomenclaturas essas há muito substituídas: com a chegada da nova geração, a irmã passara a ser a mãe do nenê, seu irmão era o tio do nenê, sua mãe a "abuela" do nenê, seu pai o "abuelo" do nenê, o único da casa que tinha o poder mágico de manusear a faca grande que cortava a carne de churrasco pro nenê. Engraçado pensar nisso. Ela já não era mais a caçulinha, seu nome não era mais diminutivo, já não recebia xingões por não ter arrumado seu quarto e por ter deixado uma peça do uniforme do colégio espalhada por cada cômodo da casa. Ao deixar-se levar por tais pensamentos, deteve-se a observar cada um que caminhava frenético em torno da mesa de jantar. E descansou os olhos sobre a figura do pai. Ou abuelo, melhor dizendo.
Ao ver a barba e cabelos esbranquiçados, viu em si mesma que havia deixado há muito de usar duas tranças repartindo a cabeleira ao meio. Viu também as costas curvas daquele homem que tanto a embalara, e percebeu que ela já tinha corpo, sabia como usá-lo, e já não somente para correr de bicicleta. Percebeu ainda as roupas puídas dele, como que paradas no tempo, e observou que a ela não eram mais imputadas saias abaixo dos joelhos ou roupas que não escandalizassem os vizinhos. Não que ela usasse roupas desse tipo, mas desvencilhar-se da proibição era algo libertador.
Quando pronunciou em pensamentos tal palavra, “libertador”, estancou-se. Ela tinha liberdade, ia e vinha, não dava mais satisfação de seus passos. Entretanto, não conseguia repudiar um paradoxal desejo de se sentir aprisionada à infância novamente. Estar presa era uma forma de também aprisionar a todos naqueles instantes passados, evitando assim despedidas, que viriam certas, no futuro. Queria estar presa pelo relógio que batia às oito da noite e lhe exigia que se recolhesse à casa; presa pelo dever de mostrar um belo boletim ao pai; presa pelo imposição de arrumar a cama antes de ir à casa de sua amiga brincar de barbie; presa por esperar a autorização antes de sair à primeira festa de sua vida.
Foi emergida de seus devaneios no exato momento em que seu sobrinho a puxava pela mão e dizia: “Sai daí, dinda, quelo deitá”. Ela levantou-se e deixou-o ali. Foi quando viu que a criança cabia tão bem naquele sofá, seus pezinhos estavam tão longe do braço... Mudanças haviam brotado dentro dela e nasciam ainda novas transformações. E acabou concluindo que o sofá em nada havia encurtado.
Divã
Ela estava esparramada sobre o sofá, que parecia ter encurtado um pouco, dado que seus pés não costumavam ficar para fora do braço. A televisão já não era mais a mesma, embora estivesse sobre aquele mesmo móvel puído onde ela costumava guardar suas bonecas "Moranguinho". Hoje as gavetas estavam ocupadas com papéis, quinquilharias, alguns carrinhos de última geração que seu sobrinho havia esquecido na casa dos "abuelos".
Olhava distraída para o programa de televisão, enquanto os outros faziam qualquer coisa: os outros eram seus irmãos, sua mãe, seu pai. Nomenclaturas essas há muito substituídas: com a chegada da nova geração, a irmã passara a ser a mãe do nenê, seu irmão era o tio do nenê, sua mãe a "abuela" do nenê, seu pai o "abuelo" do nenê, o único da casa que tinha o poder mágico de manusear a faca grande que cortava a carne de churrasco pro nenê. Engraçado pensar nisso. Ela já não era mais a caçulinha, seu nome não era mais diminutivo, já não recebia xingões por não ter arrumado seu quarto e por ter deixado uma peça do uniforme do colégio espalhada por cada cômodo da casa. Ao deixar-se levar por tais pensamentos, deteve-se a observar cada um que caminhava frenético em torno da mesa de jantar. E descansou os olhos sobre a figura do pai. Ou abuelo, melhor dizendo.
Ao ver a barba e cabelos esbranquiçados, viu em si mesma que havia deixado há muito de usar duas tranças repartindo a cabeleira ao meio. Viu também as costas curvas daquele homem que tanto a embalara, e percebeu que ela já tinha corpo, sabia como usá-lo, e já não somente para correr de bicicleta. Percebeu ainda as roupas puídas dele, como que paradas no tempo, e observou que a ela não eram mais imputadas saias abaixo dos joelhos ou roupas que não escandalizassem os vizinhos. Não que ela usasse roupas desse tipo, mas desvencilhar-se da proibição era algo libertador.
Quando pronunciou em pensamentos tal palavra, “libertador”, estancou-se. Ela tinha liberdade, ia e vinha, não dava mais satisfação de seus passos. Entretanto, não conseguia repudiar um paradoxal desejo de se sentir aprisionada à infância novamente. Estar presa era uma forma de também aprisionar a todos naqueles instantes passados, evitando assim despedidas, que viriam certas, no futuro. Queria estar presa pelo relógio que batia às oito da noite e lhe exigia que se recolhesse à casa; presa pelo dever de mostrar um belo boletim ao pai; presa pelo imposição de arrumar a cama antes de ir à casa de sua amiga brincar de barbie; presa por esperar a autorização antes de sair à primeira festa de sua vida.
Foi emergida de seus devaneios no exato momento em que seu sobrinho a puxava pela mão e dizia: “Sai daí, dinda, quelo deitá”. Ela levantou-se e deixou-o ali. Foi quando viu que a criança cabia tão bem naquele sofá, seus pezinhos estavam tão longe do braço... Mudanças haviam brotado dentro dela e nasciam ainda novas transformações. E acabou concluindo que o sofá em nada havia encurtado.
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
Paradoxos
Fale tudo o que você quer, mas contenha suas palavras-espada.
Conte tudo o que você sente, mas não diga certas coisas.
Pense em você, mas não seja individualista.
Pense nos outros, mas não se preocupe com eles.
Ouça algumas ofensas, mas não ofenda.
Sinta, mas não chore, nem demonstre.
As notícias são ruins, mas não lhes dê atenção.
(Estes não são meros exemplos de orações coordenadas sindéticas adversativas.)
Teresa, entre a onda e o rochedo.
Conte tudo o que você sente, mas não diga certas coisas.
Pense em você, mas não seja individualista.
Pense nos outros, mas não se preocupe com eles.
Ouça algumas ofensas, mas não ofenda.
Sinta, mas não chore, nem demonstre.
As notícias são ruins, mas não lhes dê atenção.
(Estes não são meros exemplos de orações coordenadas sindéticas adversativas.)
Teresa, entre a onda e o rochedo.
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Pra Ser Sincero
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger
Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação,
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
aperto de mãos
Apenas bons amigos...
Pra ser sincero eu não espero que você minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo
Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos
Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
apenas bons amigos...
Pra ser sincero não espero que você me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo
Um dia desses, num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre,
Talvez a gente encontre explicação
Um dia desses num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero... prazer em vê-la
Até mais...
Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.
Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger
Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação,
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
aperto de mãos
Apenas bons amigos...
Pra ser sincero eu não espero que você minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo
Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos
Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
apenas bons amigos...
Pra ser sincero não espero que você me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo
Um dia desses, num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre,
Talvez a gente encontre explicação
Um dia desses num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero... prazer em vê-la
Até mais...
Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
Ojala
Uma noite inteira de sono, finalmente... E uma manhã também... E, por conta disso, Dona Atrasilda chegou tarde no serviço.
...
Estou ouvindo o CD novo do Maná. Lindas as músicas, mas realmente deprimentes... Como estou nessa onda mesmo (de ouvir músicas do tipo), fica tudo bem. Ou quase. O título deste post é de uma dentre todas as músicas que apreciei, principalmente pela melodia. Mas é só mais um desejo inalcançável, como tantos outros...
...
O silêncio dói mais que as palavras-prego.
E é isso.
...
Estou ouvindo o CD novo do Maná. Lindas as músicas, mas realmente deprimentes... Como estou nessa onda mesmo (de ouvir músicas do tipo), fica tudo bem. Ou quase. O título deste post é de uma dentre todas as músicas que apreciei, principalmente pela melodia. Mas é só mais um desejo inalcançável, como tantos outros...
...
O silêncio dói mais que as palavras-prego.
E é isso.
terça-feira, 17 de outubro de 2006
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
É isso aí
Parte 1:
A ficha demorou pra cair.
Por isso demorei a escrever.
A notícia é: vou ser mamãe.
Mais precisamente em abril (grande tapa na cara).
Imenso choque.
Mas seja bem-vindo, ou bem-vinda, neném!!!
(Engraçado pensar num serzinho se desenvolvendo dentro de você. Sempre me disseram que a maternidade é uma sensação única, e agora passo a acreditar. E a sentir.)
Mas, melhor dizendo, a ficha só caiu pela metade...
Parte 2:
As madrugadas continuam insones. Virei ouvinte número um do Pijama Show. Mister Pi colaborou muito comigo e tocou aquela música, parceria entre a Ana Carolina e Seu Jorge, cujo título é homônimo ao título deste post. Depois dessa ajudinha, fui dormir quase na hora de me levantar pra ir pra aula.
Parte 3:
Levantei e fui pra aula. Com a esperança de dormir um pouquinho no ônibus confortável. Mas daí o radialista da Jovem Pan resolveu colaborar comigo de novo (eles me amam!) e tocou adivinha que música? A mesma do Mister Pi! Que máximo!
Depois dessa, vou me enforcar no pé de couve.
Parte 4:
Querida professora: Ontem foi dia do professor, a turma comprou uma caixinha de bombons pra senhora, mas bem que poderia ter me dado um desconto. Eu trabalho, eu estudo, eu me viro em quatro. Minha vida acaba de virar do avesso. O que é que custa não encrencar com o horário do meu estágio? Puxa...
Aproveitando a oportunidade, parabéns a todos os professores! Amanhã começo eu. Uma oitava série de adoráveis aluninhos me espera às 7h30min da manhã.
Parte 5:
O que antes parecia um colchão de nuvens, hoje parece uma cama de pregos. Cada palavra um. Pelo menos é essa a minha sensação. Se é um sistema de auto-defesa, tenho que aprender um antídoto, porque está sendo difícil, confesso, não notar.
Trilha Sonora: Telhados de Paris, do Nei Lisboa. E nada de Ana Carolina, peloamordedeus.
A ficha demorou pra cair.
Por isso demorei a escrever.
A notícia é: vou ser mamãe.
Mais precisamente em abril (grande tapa na cara).
Imenso choque.
Mas seja bem-vindo, ou bem-vinda, neném!!!
(Engraçado pensar num serzinho se desenvolvendo dentro de você. Sempre me disseram que a maternidade é uma sensação única, e agora passo a acreditar. E a sentir.)
Mas, melhor dizendo, a ficha só caiu pela metade...
Parte 2:
As madrugadas continuam insones. Virei ouvinte número um do Pijama Show. Mister Pi colaborou muito comigo e tocou aquela música, parceria entre a Ana Carolina e Seu Jorge, cujo título é homônimo ao título deste post. Depois dessa ajudinha, fui dormir quase na hora de me levantar pra ir pra aula.
Parte 3:
Levantei e fui pra aula. Com a esperança de dormir um pouquinho no ônibus confortável. Mas daí o radialista da Jovem Pan resolveu colaborar comigo de novo (eles me amam!) e tocou adivinha que música? A mesma do Mister Pi! Que máximo!
Depois dessa, vou me enforcar no pé de couve.
Parte 4:
Querida professora: Ontem foi dia do professor, a turma comprou uma caixinha de bombons pra senhora, mas bem que poderia ter me dado um desconto. Eu trabalho, eu estudo, eu me viro em quatro. Minha vida acaba de virar do avesso. O que é que custa não encrencar com o horário do meu estágio? Puxa...
Aproveitando a oportunidade, parabéns a todos os professores! Amanhã começo eu. Uma oitava série de adoráveis aluninhos me espera às 7h30min da manhã.
Parte 5:
O que antes parecia um colchão de nuvens, hoje parece uma cama de pregos. Cada palavra um. Pelo menos é essa a minha sensação. Se é um sistema de auto-defesa, tenho que aprender um antídoto, porque está sendo difícil, confesso, não notar.
Trilha Sonora: Telhados de Paris, do Nei Lisboa. E nada de Ana Carolina, peloamordedeus.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Palavras entre sons e sonhos
Este texto meu não é original da noite de ontem e tampouco é original sua publicação. Mas cabe, pela insônia que me tomou ao final do feriado...
Palavras entre sons e sonhos
Que dor horrível essa, ter de chorar em silêncio,
engolir o soluço, a almofada está molhada e eu não
consigo, sinto que perdi tudo, toda uma vida, e aquela
vez em que caminhamos ao sol, não é possível eu nunca
mais ter esse dia, já passa da meia noite e eu preciso
acordar cedo amanhã, tenho que me acalmar, vem, sono,
toma conta de mim, eu preciso parar de chorar e de
lamentar, e se eu levantar para pegar uma água, que
barulho terá sido esse, os cachorros latem lá fora e
não há nada a fazer, será que há pessoas caminhando a
essa hora, em pleno domingo, eu não fiz tudo o que
queria, fiquei devendo umas leituras e preciso pagar
uma conta da qual esqueci, mas terça vou a Porto
Alegre, não, terça não, porque eu preciso trabalhar
nesse dia de manhã, mas que inferno esse cachorro que
não pára, e aquele domingo de sol, ai, não, chorar de
novo não, todo dia a mesma coisa, o celular que
desperta, minha vontade imensa de ficar dormindo,
sumir seria uma boa solução? Não, sumir não seria, ou
melhor, seria, para alguns alguéns, que coisa mais
fora de gramática isso, mas ora, quem se importa com a
gramática a uma hora dessas, ninguém está me ouvindo
mesmo, e eu tenho que parar com essa mania de sofrer
sozinha em silêncio, de ficar escondendo minhas
angústias, mas porque raios eu estou chorando mesmo?
Se meu final de semana foi o mais tranqüilo dos
últimos tempos, é, o mais tranqüilo, porque todos têm
sido tensos e fatigantes, não tenho feito nada de
produtivo a não ser lavar as fronhas com lágrimas, mas
isso eu também estou fazendo agora, é essa angústia
que me toma e eu não sei porquê, tenho todos os planos
traçados, tenho todos os desejos delineados, então
porquê esse peito me aperta e esta solidão noturna,
acho que devia ligar para alguém, para ele, mas não
posso, já é uma hora da manhã e eu preciso dormir,
quem sabe melhor que isso, talvez me levante e vá ler
no sofá, então possivelmente me venha o sono, mas ler
Aristóteles a uma hora da manhã não é uma boa idéia,
eu estou sem a mínima vontade, isso é crueldade
demais, e essa dor na cabeça que não passa, eu preciso
levantar, este piso que estrala e faz barulho demais,
será que dá pra ouvir lá da rua? Está frio e meu
casaco eu deixei lá na sala, mania de deixar tudo
atirado, preciso levantar mas está tão frio, mas que
inércia essa que me toma, amanhã vou de laranja,
esqueci de passar minha calça, ai, tomar banho cedo e
lavar o cabelo vai ser doído, está muito frio, muito
frio, e eu acho que devia ter posto um cobertor, como
é ruim estar assim, o filme estava legal, eu estava na
cidade e me chamava, como eu me chamava mesmo, parem
de latir, seus cachorros, que eu já estou cansada,
cansada, cansada...
Palavras entre sons e sonhos
Que dor horrível essa, ter de chorar em silêncio,
engolir o soluço, a almofada está molhada e eu não
consigo, sinto que perdi tudo, toda uma vida, e aquela
vez em que caminhamos ao sol, não é possível eu nunca
mais ter esse dia, já passa da meia noite e eu preciso
acordar cedo amanhã, tenho que me acalmar, vem, sono,
toma conta de mim, eu preciso parar de chorar e de
lamentar, e se eu levantar para pegar uma água, que
barulho terá sido esse, os cachorros latem lá fora e
não há nada a fazer, será que há pessoas caminhando a
essa hora, em pleno domingo, eu não fiz tudo o que
queria, fiquei devendo umas leituras e preciso pagar
uma conta da qual esqueci, mas terça vou a Porto
Alegre, não, terça não, porque eu preciso trabalhar
nesse dia de manhã, mas que inferno esse cachorro que
não pára, e aquele domingo de sol, ai, não, chorar de
novo não, todo dia a mesma coisa, o celular que
desperta, minha vontade imensa de ficar dormindo,
sumir seria uma boa solução? Não, sumir não seria, ou
melhor, seria, para alguns alguéns, que coisa mais
fora de gramática isso, mas ora, quem se importa com a
gramática a uma hora dessas, ninguém está me ouvindo
mesmo, e eu tenho que parar com essa mania de sofrer
sozinha em silêncio, de ficar escondendo minhas
angústias, mas porque raios eu estou chorando mesmo?
Se meu final de semana foi o mais tranqüilo dos
últimos tempos, é, o mais tranqüilo, porque todos têm
sido tensos e fatigantes, não tenho feito nada de
produtivo a não ser lavar as fronhas com lágrimas, mas
isso eu também estou fazendo agora, é essa angústia
que me toma e eu não sei porquê, tenho todos os planos
traçados, tenho todos os desejos delineados, então
porquê esse peito me aperta e esta solidão noturna,
acho que devia ligar para alguém, para ele, mas não
posso, já é uma hora da manhã e eu preciso dormir,
quem sabe melhor que isso, talvez me levante e vá ler
no sofá, então possivelmente me venha o sono, mas ler
Aristóteles a uma hora da manhã não é uma boa idéia,
eu estou sem a mínima vontade, isso é crueldade
demais, e essa dor na cabeça que não passa, eu preciso
levantar, este piso que estrala e faz barulho demais,
será que dá pra ouvir lá da rua? Está frio e meu
casaco eu deixei lá na sala, mania de deixar tudo
atirado, preciso levantar mas está tão frio, mas que
inércia essa que me toma, amanhã vou de laranja,
esqueci de passar minha calça, ai, tomar banho cedo e
lavar o cabelo vai ser doído, está muito frio, muito
frio, e eu acho que devia ter posto um cobertor, como
é ruim estar assim, o filme estava legal, eu estava na
cidade e me chamava, como eu me chamava mesmo, parem
de latir, seus cachorros, que eu já estou cansada,
cansada, cansada...
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
RIMA RICA / FRASE FEITA
Nei Lisboa
Desculpe, meu bem
Se ontem te fiz chorar
Mas a vida é assim mesmo
Não se pode exigir
Pouco dá pra esperar
Muito obrigado por tudo
Pelo teu suor, pelos teus gemidos
E espero que a minha estupidez
Cicatrize teus sentimentos feridos
Nasci e morro assim, só
Perdido no escuro, dentro de mim
E vou cruzando o barro
Vou comendo pó
Até que chegue o fim
Mas a força eu retiro
Sugo feito vampiro
De saber que as estrelas
Também vivem sós
De um cigarro amassado
De uma rua deserta
De outros que até eu posso sentir dó
Da menina de olhos grandes como a lua
De uma noite sentindo tua carne crua
E dos bares, das festas
Dos vinhos, serestas
Das mentes infestas de podres horrores
De mil desamores
Do chope das quatro
Desse louco mundo putrefato
Dessa grande peça de teatro
Nei Lisboa
Desculpe, meu bem
Se ontem te fiz chorar
Mas a vida é assim mesmo
Não se pode exigir
Pouco dá pra esperar
Muito obrigado por tudo
Pelo teu suor, pelos teus gemidos
E espero que a minha estupidez
Cicatrize teus sentimentos feridos
Nasci e morro assim, só
Perdido no escuro, dentro de mim
E vou cruzando o barro
Vou comendo pó
Até que chegue o fim
Mas a força eu retiro
Sugo feito vampiro
De saber que as estrelas
Também vivem sós
De um cigarro amassado
De uma rua deserta
De outros que até eu posso sentir dó
Da menina de olhos grandes como a lua
De uma noite sentindo tua carne crua
E dos bares, das festas
Dos vinhos, serestas
Das mentes infestas de podres horrores
De mil desamores
Do chope das quatro
Desse louco mundo putrefato
Dessa grande peça de teatro
terça-feira, 10 de outubro de 2006
Um tombo. Um nó. Um descaminho.
The Scientist
Coldplay
Composição: Coldplay
Come up to meet you, Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, Coming up tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, Come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start.
The Scientist
Coldplay
Composição: Coldplay
Come up to meet you, Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, Coming up tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, Come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Termômetro elevando
Há algum tempo que as coisas andam meio mornas pro lado de cá, essa vidinha de levantar cedo, estudar, trabalhar e voltar pra casa pra dormir... Nada injustificável, faz parte...
O que andou aquecendo um pouco foi a vida política, além dos dias que têm sido bastante agradáveis. Estas eleições foram as mais "desabridas", com diria minha mãe em seu sotaque castelhano, de toda minha curta trajetória. Talvez pela minha desobrigação de hastear bandeiras ou pelo descontentamento que todas as pessoas como eu andam sentindo em relação à política. O interessante é que, ontem, depois de ir votar, sem a menor empolgação e até escolhendo algum candidato na última hora, acompanhei a apuração pela TV. E que apuração! Melhor que filme da Tela Quente... A vaga para o segundo turno foi disputadíssima, voto a voto, como há tempos não se via e, ainda melhor: com o ingresso de um candidato que estava sendo cogitado como perdedor pelas pesquisas.
E vão querer me dizer ainda que pesquisas não são manipuladas?
Bom, o fato é que depois da noite de ontem, eu voltei a torcer por alguém. E ponho adesivo no peito e ponho bandeira na minha casa. E, depois de ligar para o meu pai para dizer-lhe que o galo que tinha sido assado não era o que ele apontou, voltei a portar aquele sorrisinho maroto...
Dá-lhe, Bigode! Mas essa empolgação toda fica só por aqui nos pampas... Em nível nacional, minha decisão continua sendo "desabrida".
...
Ah, não poderia deixar de comentar: o "homem do tempo" como um dos Deputados Estaduais mais votados? Putz... De certo a promessa dele será prever tempo bom para todos os dias no Estado... Francamente.
...
Passei o fim de semana todo com aquela sensação de que estava esquecendo de algo, que estava esquecendo um pedaço. Não, eu não estava esquecendo... Eu estava sentindo falta mesmo, de um signiticativo pedaço-contato de mim.
...
Nada melhor para finalizar esta segunda-feira do que com um prova ferrada de Literatura Gaúcha. Socorro...
Teresa, de volta, mas não definitivamente... Ando meio relapsa com as palavras...
O que andou aquecendo um pouco foi a vida política, além dos dias que têm sido bastante agradáveis. Estas eleições foram as mais "desabridas", com diria minha mãe em seu sotaque castelhano, de toda minha curta trajetória. Talvez pela minha desobrigação de hastear bandeiras ou pelo descontentamento que todas as pessoas como eu andam sentindo em relação à política. O interessante é que, ontem, depois de ir votar, sem a menor empolgação e até escolhendo algum candidato na última hora, acompanhei a apuração pela TV. E que apuração! Melhor que filme da Tela Quente... A vaga para o segundo turno foi disputadíssima, voto a voto, como há tempos não se via e, ainda melhor: com o ingresso de um candidato que estava sendo cogitado como perdedor pelas pesquisas.
E vão querer me dizer ainda que pesquisas não são manipuladas?
Bom, o fato é que depois da noite de ontem, eu voltei a torcer por alguém. E ponho adesivo no peito e ponho bandeira na minha casa. E, depois de ligar para o meu pai para dizer-lhe que o galo que tinha sido assado não era o que ele apontou, voltei a portar aquele sorrisinho maroto...
Dá-lhe, Bigode! Mas essa empolgação toda fica só por aqui nos pampas... Em nível nacional, minha decisão continua sendo "desabrida".
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Ah, não poderia deixar de comentar: o "homem do tempo" como um dos Deputados Estaduais mais votados? Putz... De certo a promessa dele será prever tempo bom para todos os dias no Estado... Francamente.
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Passei o fim de semana todo com aquela sensação de que estava esquecendo de algo, que estava esquecendo um pedaço. Não, eu não estava esquecendo... Eu estava sentindo falta mesmo, de um signiticativo pedaço-contato de mim.
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Nada melhor para finalizar esta segunda-feira do que com um prova ferrada de Literatura Gaúcha. Socorro...
Teresa, de volta, mas não definitivamente... Ando meio relapsa com as palavras...
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