segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Comemoração

Presto aqui uma homenagem aos meus pais que, no último sábado, dia 19, completaram 41 anos de casamento. Um ato de bravura e, claro, de amor.



Amo vocês!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Arde

O dia arde
pela ausência da noite

A pele arde
pela ausência do toque

A chama arde
pela ausência da água

A boca arde
pela ausência do gosto

E de tanto arder
Tornei-me ausente de mim mesma

Até que cheguem

a noite
o toque
a água
e o gosto.



Teresa Azambuya.

(poema escrito em 2008 e reencontrado, por acaso)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mito da Caverna (ou: es-tú-pi-da)

Desculpem-me os amigos filósofos, se eu falar alguma asneira.

Mas quando aprendi o Mito da Caverna, do Platão, era assim: os seres humanos estão presos em uma caverna, de costas para a entrada, e só veem a sombra de um mundo ideal, para o qual as pessoas que buscam se aproximar da sabedoria vão se voltando aos poucos. Somente alguns conseguem sair, os mais iluminados.

Eu, às vezes, me vejo nessa caverna.

Lá no fundo, de encontro à parede, e chorando no cantinho.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Confesso

Desde minha adolescência, eu olho o Edward Mãos de Tesoura e chooooooooro
(como aconteceu domingo passado)



Ter tesouras no lugar de mãos. Que imagem mais cheia de sentidos...

A expressividade do protagonista também é algo a se destacar. Ao todo, ele fala 159 palavras no filme, conforme o que disseram no documentário a respeito da obra. O resto é pura expressão, que é o que acaba tornando o filme singelo e, ao mesmo tempo, emocionante.

***

O filme me fez lembrar dos equipamentos de última geração que tínhamos nos anos 90: os videocassetes de duas ou de quatro cabeças! Uau! Meu pai comprou um vídeo de duas cabeças, e era bão!

E, pra terminar, não esqueça: rebobine a fita após o uso!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Eu quero minhas férias de voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sobre o medo de monstros

Em noites mal dormidas
fico à espreita,
esperando o monstro surgir debaixo da cama.

Escuto um estalo no teto,
o cachorro uiva na rua e
eu aperto os olhos e espero...

Espero...

Espero...


Enquanto pressinto a mão maldita,
o rugido,
o assovio

Fico a pensar em cada leão que enfrentei durante o dia
e nos fantasmas que vão e voltam
e nos planos que não se materializam
e nas mãos trêmulas
e na garganta seca
e no nó das minhas ideias.

Passam-se muitas horas
e eu levanto-me, espreitando o monstro.

Ligo a luz
Olho no espelho
E não me reconheço.

O monstro sou eu.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Medida

Breve espaço
entre querer e ter

lapso
lacuna
reticência

Tênue esperança
de ponto final.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Quase sem querer

Eu olhei para ele, ali jogado num canto. E deu-me uma vontade imensa de tocá-lo.

Há muito tempo que eu não tocava violão. E comecei a formar os acordes, fazer um compasso, relembrar. E, então, a primeira música que me veio à cabeça foi esta, "quase sem querer". (a primeira que eu aprendi a tocar)

Quase Sem Querer
Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.

Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.

Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

***

O som serviu para relembrar. A letra serviu para pensar e para traduzir a alma.