sábado, 24 de outubro de 2009

Exausta

Em homenagem aos últimos dias, que têm sido árduos...

Exausto


Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.


(Adélia Prado).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pouca vogal é tudo de bom...

TENTENTENDER
Humberto Gessinger / Duca Leindecker


se eu disser que vi rastejar
a sombra do avião
feito cobra no chão
tent'entender minha alegria:
a sombra mostrou o que a luz escondia

se eu quiser ser mais direto
vou me perder
melhor deixar quieto
tent’entender, tent’enxergar
o meu olhar pela janela do avião

que amor era esse que não saiu do chão?
não saiu do lugar só fez rastejar o coração

se eu disser
que tive na mão a bola do jogo
não acredite
tent’entender minha ironia
se eu disser que já sabia

o jogo acabou de repente
o céu desabou sobre a gente
tent'entender: quero abrigo
e não consigo ser mais direto

que amor era esse que não saiu do chão?
não saiu do lugar só fez rastejar o coração

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Das tantas contradições

O excesso de espelhos revelou essência:
invisibilidade.

domingo, 18 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dá pra voltar no tempo?
Pra lembrar, ou pra esquecer?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu e o Patrono da Feira de Gravataí

Olha aí, eu e o Duca Leindecker!



É claro, ele ganhou um livro autografado da ilustre escritora gravataiense!

haha

domingo, 4 de outubro de 2009

Deixa Eu me Perder

Vitor Ramil
Composição: Vitor Ramil e André Gomes

Deixa eu me perder
Pequeno mundo meu
Menos que esquecer
Ficar dizendo coisas
Que não me vêm

Ontem eu sumi
Parece estranho, eu sei
Mas escureceu
Pequeno mundo meu
Eu anoiteci

Perdido dentro da paisagem
O carro leva minha imagem
Não acho o que me dizer
Não sei o que quero achar
No rádio essa voz me diz
Que a vida é o melhor lugar
Pode ser

Tudo que eu segui
Viaja atrás de mim
Coisas, quando vêm
São coisas que se vão
Sem eu perceber

Amanhã também
Parece estranho, eu sei
Mas eu vou sair
Pequeno mundo meu
Deixa eu me perder

Perdido dentro da paisagem
O carro leva minha imagem
Não acho o que me dizer
Não sei o que quero achar
No rádio essa voz me diz
Que a vida é o melhor lugar
Pode ser

Deixa eu me perder

sábado, 3 de outubro de 2009

Quarto sem janelas

Hoje, na Feira do Livro de Gravataí, às 15 horas, lançarei meu primeiro livro próprio, intitulado "Quarto sem janelas". Um pocket com trinta poemas, feito no susto.

Alguns me perguntarão: como assim? Vai lançar o primeiro livro próprio e não falou nada pra ninguém? Mas como?

Falei para poucos. Não sei se por vergonha (volta aquela sensação de ter cometido um crime, expor minhas palavras, que são tudo o que tenho de tão meu...) ou por tédio, ou, talvez, por esquecimento.

O fato é que, mesmo que eu proíba a entrada desde o título (avisando que é um quarto sem janelas) todos os que lá aparecerem adentrarão no mundo dos meus versos e os descortinarão.

Sintam-se todos convidados, embora o adiantado da hora.