quinta-feira, 10 de maio de 2007

Longe demais das capitais

Onde o jornalismo imparcial? Depois falam que ao eixo Rio – São Paulo não é dada preferência e que é inveja dos gaúchos quando se sentem excluídos. Tenho assistido muito aos noticiários que passam na TV e dois episódios considero exemplares disso que eu apontei aí em cima:

Dia desses, no Jô Soares, apresentou-se um menino chamado Lucas Lima (que não é da Família Lima, mas é gaúcho) e cantou aquela música clássica do Fogaça “Porto Alegre é demais” (não sei se é esse o nome, mas vá lá, todo mundo conhece). O Jô foi super irônico, ficou lançando piadinhas em relação à música e ao seu compositor. Logo em seguida, o menino executou outra canção, composta pelo Caetano Veloso, que, conforme o apresentador, é uma homenagem à cidade de São Paulo. Gente, juro que não é coisa da minha cabeça bairrista, o Jô afirmou categoricamente: “é a música mais linda que eu conheço”, e depois ficou exaltando a relação entre a música e a nobre cidade.

Outro episódio foi no noticiário de hoje cedo, o Bom Dia Brasil. Em tempos de visita do Papa, matérias sobre outros assuntos que não esse são completamente dispensáveis. No entanto, sobre a derrota do Flamengo, na Copa Libertadores, fizeram uma pequena novelinha, como que narrando as vozes dos jogadores ao fazerem seus dois heróicos gols. Sobre a vitória do Grêmio (feitoooooooooooooo!) sobre o São Paulo, só mostraram os lances e fim. Se fosse o São Paulo que tivesse ganho no Olímpico, não fariam uma novelinha, e sim um longa-metragem. Humpf.

(E aí, Maria Fé jornalista quase formada e sumida, concorda?)

Por falar nisso, já até decorei o roteiro que o Papa vai fazer em São Paulo, de tanto repetirem. Ninguém merece, que canseira.

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O friozinho gaúcho chegou, temperaturas quase zeradas e um clima propício pra ficar em casa mesmo. Ver o dia ensolarado e ter de ficar quase que todo o dia trancafiada, fazendo apenas curtos passeios, estava me agoniando.

Mas ai de quem disser que eu estou descansando! Minhas olheiras profundas encerram o assunto.

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Esta acadêmica de Letras, muito aplicada, assistiu no domingo, às cinco da matina, a um programa interessantíssimo sobre o trabalho com narrativas literárias na escola. No domingo às cinco da manhã, entenderam? Isso que é aluna exemplar!

(Até parece que se não houvesse um neném chorando de fome eu iria acordar a essa hora mesmo)

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De mim para mim mesma:

“Teresa, muita gente dirá que não existes. Mas eu sei que existes, eu, que há anos te observo e muitas vezes te detenho de passagem e te desmascaro.”

(Trecho de Thérèse Desqueyroux, de François Mauriac)

Ainda me restam minutos de prazer cultural...

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Gente:

Valorizem suas mães!

(Conselhinho básico que todo mundo recebe, mas ninguém acredita: só damos valor às pessoas quando ficamos na pele delas).

Taí o mocinho, sobre as minhas pernas. Eu tentando acalmá-lo...

Um comentário:

disse...

ai que lindo esse Guri. Quero vê-lo, mas a minha vidinha de garota-formanda-atucanada-com-um-tal-de-TCC não está me permitindo ter vida!!! Mas falta pouco Têre, no máximo daqui uns 15 dias vou ver esse fofo.

Ps. sobre o jornalismo, imparcialidade nunca existiu. E a rede globo so ve noticia no eixo rio-sao paulo - eles são muito limitados isso sim...