Chove. E chove torrencialmente, águas que lavam a vidraça e que me trazem à lembrança o teu gosto pela chuva. Levanto e fico a imaginar-te refletido naquelas gotas. Eu queria estar contigo em frente à janela, e toda nossa comoção calada em um abraço...
***
O livro estará agora na cabeceira da minha cama, acolherá minhas lágrimas, sorrirá comigo. E não há como dizer que não será o mais especial...
***
Então, to indo pra praia virar sapo, porque a chuva não está dando trégua. Mas, ao menos, terei boas leituras para fazer e muito tempo dedicado ao ócio e a Baco... E sambar no Carnaval? Hummm, deixa pra lá... Prefiro sumir nesses dias, he he.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006
Volta às aulas
Uma volta muito devagar, quase ninguém na Universidade (também pudera, uma semana antes do Carnaval...)
"A linguagem goza de se tocar a si mesma." (Barthes, 1985)
Como pontapé inicial, uma excelente reflexão acerca da transmutação da escrita em sujeito. E a sedução como ponto principal para tornar a literatura muito mais próxima das pessoas.
À noite tem mais...
"A linguagem goza de se tocar a si mesma." (Barthes, 1985)
Como pontapé inicial, uma excelente reflexão acerca da transmutação da escrita em sujeito. E a sedução como ponto principal para tornar a literatura muito mais próxima das pessoas.
À noite tem mais...
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006
Acordei esta noite banhada em lágrimas, por um pesadelo horroroso que tive. Sonhei com o funeral de meu pai. Uma dor indescritível, que prosseguiu mesmo após eu ter aberto os olhos.
O sono diluiu-se no copo de água que tomei e não tive outra alternativa a não ser levantar-me da cama. E assim se passou a manhã, meio estranha, eu recorrendo a livros, cds e violão para amenizar um pouco esse mal-estar.
Peguei o ônibus para vir ao trabalho, e passei pela frente da casa de meus pais. Mesmo pela janela, mesmo que por dois segundos, foi bom ver meu pai caminhando pela garagem da casa, envolto na poeira e na serragem de seus móveis que sempre foram a fonte do alimento de nossa família. O vidro do ônibus refletiu o sorriso esboçado em meu rosto...
Ao chegar à Câmara, li o post do blog da Fernanda e não pude conter novamente as lágrimas. Ela relatando como está sendo a sua vida após a partida de seu pai. Neste momento em que escrevo estas palavras, tenho os olhos inundados, mas aproveito para escorrer nestas palavras toda a minha angústia. E ponto final.
À minha querida amiga Fê, todo a imensidão de meu carinho e amizade. Queria poder te dar mais um abraço. Queria poder abraçar alguém, mas agora não posso. Todos estão imersos em suas preocupações políticas, em seus afazeres para a Reunião da Câmara. Vou fazer isso também, para me distrair...
E, neste dia de chuva, sigo esperando que ela traga alívio imediato.
O sono diluiu-se no copo de água que tomei e não tive outra alternativa a não ser levantar-me da cama. E assim se passou a manhã, meio estranha, eu recorrendo a livros, cds e violão para amenizar um pouco esse mal-estar.
Peguei o ônibus para vir ao trabalho, e passei pela frente da casa de meus pais. Mesmo pela janela, mesmo que por dois segundos, foi bom ver meu pai caminhando pela garagem da casa, envolto na poeira e na serragem de seus móveis que sempre foram a fonte do alimento de nossa família. O vidro do ônibus refletiu o sorriso esboçado em meu rosto...
Ao chegar à Câmara, li o post do blog da Fernanda e não pude conter novamente as lágrimas. Ela relatando como está sendo a sua vida após a partida de seu pai. Neste momento em que escrevo estas palavras, tenho os olhos inundados, mas aproveito para escorrer nestas palavras toda a minha angústia. E ponto final.
À minha querida amiga Fê, todo a imensidão de meu carinho e amizade. Queria poder te dar mais um abraço. Queria poder abraçar alguém, mas agora não posso. Todos estão imersos em suas preocupações políticas, em seus afazeres para a Reunião da Câmara. Vou fazer isso também, para me distrair...
E, neste dia de chuva, sigo esperando que ela traga alívio imediato.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006
Depois dos vários protestos pela falta de atualização deste blog, resolvi escrever algo, então.
Estou num estado meio que letárgico, sem conseguir produzir nada de interessante. Em compensação, ando lendo muito muito, e isso tem valido a pena. Expectativas para o recomeço das aulas na segunda-feira, alguns projetos na mente para desenvolver.
Também estou com saudades de amigas que há muito não vejo, vontade de jogar papo fora e esquecer dos problemas. Vontade de conhecer quem não conheci. De ver lugares diferentes, de ouvir músicas inusitadas. De sair desta rotina implacável e cruel.
Ah, sei lá, não to muito inspirada hoje. É isso.
Teresa, sem muitas coisas a dizer...
Estou num estado meio que letárgico, sem conseguir produzir nada de interessante. Em compensação, ando lendo muito muito, e isso tem valido a pena. Expectativas para o recomeço das aulas na segunda-feira, alguns projetos na mente para desenvolver.
Também estou com saudades de amigas que há muito não vejo, vontade de jogar papo fora e esquecer dos problemas. Vontade de conhecer quem não conheci. De ver lugares diferentes, de ouvir músicas inusitadas. De sair desta rotina implacável e cruel.
Ah, sei lá, não to muito inspirada hoje. É isso.
Teresa, sem muitas coisas a dizer...
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
Sobreveio-me o medo por todas as palavras não ditas, pelas respostas não recebidas. Medo da ilusão, de ambas as partes, medo de que os sonhos não se concretizem, de não ter coragem, de não chegar a tempo, medo, medo medo.
E de tanto temer, perdi meu próprio controle, escondi-me sob argumentos vazios e deixei de ser quem eu queria. Ainda bem que só por alguns instantes.
Não, meu humor não é volúvel. Mas eu precisava reagir, precisava emergir dessa densidade que me consumia e por isso é que comecei a esboçar o sorriso, inicialmente forçado e depois natural...
A instabilidade anunciada se dissipou e aqui estou eu, agarrada às palavras na memória e distraída com sisudos pronunciamentos de Vereadores aos ouvidos...
Por falar em Vereadores, hoje está sendo discutido o destino do aterro sanitário da cidade. É engraçado observar como não há um senso planetário de proteção ambiental, tudo é tomado em conta apenas pelo viés político. Se os pensamentos continuarem ilhados, um dia estaremos todos enterrados sob a nossa própria imundície. É lamentável.
Teresa, um pouco melhor, aguardando a hora de me libertar destes fones, argh. (e só estamos na segunda reunião do ano, o que será de mim em dezembro, hehe)
E de tanto temer, perdi meu próprio controle, escondi-me sob argumentos vazios e deixei de ser quem eu queria. Ainda bem que só por alguns instantes.
Não, meu humor não é volúvel. Mas eu precisava reagir, precisava emergir dessa densidade que me consumia e por isso é que comecei a esboçar o sorriso, inicialmente forçado e depois natural...
A instabilidade anunciada se dissipou e aqui estou eu, agarrada às palavras na memória e distraída com sisudos pronunciamentos de Vereadores aos ouvidos...
Por falar em Vereadores, hoje está sendo discutido o destino do aterro sanitário da cidade. É engraçado observar como não há um senso planetário de proteção ambiental, tudo é tomado em conta apenas pelo viés político. Se os pensamentos continuarem ilhados, um dia estaremos todos enterrados sob a nossa própria imundície. É lamentável.
Teresa, um pouco melhor, aguardando a hora de me libertar destes fones, argh. (e só estamos na segunda reunião do ano, o que será de mim em dezembro, hehe)
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006
A cor
Comove-me este verde mar
Que, onda após onda,
Tenta desvendar-me
Beijar meus frios pés
Enxerga-me este verde mar
Do horizonte imenso
Das vontades infinitas
E dos desejos incompreendidos
Espera-me este verde mar
Lânguido, cálido
Para tomar-me e imergir-me
Nas profundezas de seus braços esguios
Provoca-me este verde mar
Com as lembranças da cor
Nunca de frente contemplada
Mas em todo o sempre desejada
Acolhe-me este verde mar
Verde dos olhos que não tenho
Verde da distância angustiosa
Verde, verde, verde
Da cor da água
Que já invade meus pulmões.
Teresa, retornando das férias, com o reflexo do mar em seus olhos...
Comove-me este verde mar
Que, onda após onda,
Tenta desvendar-me
Beijar meus frios pés
Enxerga-me este verde mar
Do horizonte imenso
Das vontades infinitas
E dos desejos incompreendidos
Espera-me este verde mar
Lânguido, cálido
Para tomar-me e imergir-me
Nas profundezas de seus braços esguios
Provoca-me este verde mar
Com as lembranças da cor
Nunca de frente contemplada
Mas em todo o sempre desejada
Acolhe-me este verde mar
Verde dos olhos que não tenho
Verde da distância angustiosa
Verde, verde, verde
Da cor da água
Que já invade meus pulmões.
Teresa, retornando das férias, com o reflexo do mar em seus olhos...
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