quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Acordei esta noite banhada em lágrimas, por um pesadelo horroroso que tive. Sonhei com o funeral de meu pai. Uma dor indescritível, que prosseguiu mesmo após eu ter aberto os olhos.
O sono diluiu-se no copo de água que tomei e não tive outra alternativa a não ser levantar-me da cama. E assim se passou a manhã, meio estranha, eu recorrendo a livros, cds e violão para amenizar um pouco esse mal-estar.
Peguei o ônibus para vir ao trabalho, e passei pela frente da casa de meus pais. Mesmo pela janela, mesmo que por dois segundos, foi bom ver meu pai caminhando pela garagem da casa, envolto na poeira e na serragem de seus móveis que sempre foram a fonte do alimento de nossa família. O vidro do ônibus refletiu o sorriso esboçado em meu rosto...
Ao chegar à Câmara, li o post do blog da Fernanda e não pude conter novamente as lágrimas. Ela relatando como está sendo a sua vida após a partida de seu pai. Neste momento em que escrevo estas palavras, tenho os olhos inundados, mas aproveito para escorrer nestas palavras toda a minha angústia. E ponto final.

À minha querida amiga Fê, todo a imensidão de meu carinho e amizade. Queria poder te dar mais um abraço. Queria poder abraçar alguém, mas agora não posso. Todos estão imersos em suas preocupações políticas, em seus afazeres para a Reunião da Câmara. Vou fazer isso também, para me distrair...

E, neste dia de chuva, sigo esperando que ela traga alívio imediato.

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