(Florbela Espanca)
Meu doido coração aonde vais
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade
Meu pobre coração olha que cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce inquietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais,
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!...
Ai, vê lá bem, ó doido coração
Não te deslumbre o brilho do luar!...
Não 'stendas tuas asas para o longe...
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar...
(Obrigada por teres permitido me descobrir nestas páginas... estou chocada até agora)
quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
segunda-feira, 26 de dezembro de 2005
quinta-feira, 22 de dezembro de 2005
Sim, eu adoro Nei Lisboa! E, como acho que falei muita bobagem hoje (o que não faz uma mente cansada em pleno fim de ano) me lembrei desta música, que é linda, linda, linda.
Adorei q surpresa que recebi. Eu, feito criança, aguardei o presente do papai noel e ele chegou. Que bom!
ROMANCE
Todas as bobagens que eu já disse
Dariam pra encher um caminhão
Mesmo assim encontro no caminho
Milhares mais otários do que eu
Por isso meu amor
Não leve tão a sério
Nem o que eu digo
Nem o que eu deixo de esconder
Não vai ter graça o dia
Em que eu bater a porta
E você não abrir pra responder
Todas as pessoas que eu conheço
Cabem bem juntinhas na palma da mão
Pra você guardei um universo
Quando falta espaço, eu faço um verso
E durmo na canção
Por isso meu amor
Não pense que é brinquedo
Eu tenho medo e morro de paixão
Não vai ter graça o dia
Em que eu abrir a porta
E a tua mão vazia disser não
Todas as bobagens que eu já disse
Dariam pra encher um caminhão
Pra você guardei um universo
Quando falta um verso, peço teu perdão
Por isso meu amor
Não leve tão a sério
Se eu morro de medo, brinco de paixão
Não vai ter graça o dia
Em que eu te vir na porta
E não souber se entro ou faço uma canção
Teresa: feliz, feliz
Adorei q surpresa que recebi. Eu, feito criança, aguardei o presente do papai noel e ele chegou. Que bom!
ROMANCE
Todas as bobagens que eu já disse
Dariam pra encher um caminhão
Mesmo assim encontro no caminho
Milhares mais otários do que eu
Por isso meu amor
Não leve tão a sério
Nem o que eu digo
Nem o que eu deixo de esconder
Não vai ter graça o dia
Em que eu bater a porta
E você não abrir pra responder
Todas as pessoas que eu conheço
Cabem bem juntinhas na palma da mão
Pra você guardei um universo
Quando falta espaço, eu faço um verso
E durmo na canção
Por isso meu amor
Não pense que é brinquedo
Eu tenho medo e morro de paixão
Não vai ter graça o dia
Em que eu abrir a porta
E a tua mão vazia disser não
Todas as bobagens que eu já disse
Dariam pra encher um caminhão
Pra você guardei um universo
Quando falta um verso, peço teu perdão
Por isso meu amor
Não leve tão a sério
Se eu morro de medo, brinco de paixão
Não vai ter graça o dia
Em que eu te vir na porta
E não souber se entro ou faço uma canção
Teresa: feliz, feliz
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Olho os aviões que passam sobre mim e aceno-lhes, na vã esperança de que carreguem meu aceno para longe...
Invejo-lhes a altitude e a imponência. Invejo-lhes toda a liberdade.
E a minha trilha sonora é:
Ataque de Nervos
Cazuza
Composição: Cazuza
Vou ter um ataque de nervos
Vou ter, sinto minhas veias pulsarem
Vou ter um ataque, mas antes eu ataco
Quero um downer, um down
Estou ficando maluco
Camisas de força, por favor
Qualquer coisa
Vou ter um ataque de nervos
E me jogar do sexto andar
Deus me proteja
Vou ter um ataque de nervos
Invejo-lhes a altitude e a imponência. Invejo-lhes toda a liberdade.
E a minha trilha sonora é:
Ataque de Nervos
Cazuza
Composição: Cazuza
Vou ter um ataque de nervos
Vou ter, sinto minhas veias pulsarem
Vou ter um ataque, mas antes eu ataco
Quero um downer, um down
Estou ficando maluco
Camisas de força, por favor
Qualquer coisa
Vou ter um ataque de nervos
E me jogar do sexto andar
Deus me proteja
Vou ter um ataque de nervos
segunda-feira, 19 de dezembro de 2005
Detalhes de Teresa
Sábado
Pela manhã, as pernas cruzadas sobre o sofá, o silêncio à sua volta, e entre os dedos um livro de poesias...
À tarde, a cabeça que latejava e a sensação de estar fora do lugar, mas ainda com várias sacolas na mão, em meio ao tumulto.
À noite, a calça branca, o salto alto, o Pub na cor de Beatles e, algumas cervejas depois, o pensamento que voou descontrolado.
Domingo
O rosto inchado e o sono vencendo todas as batalhas.
Almoço, literatura e política no ambiente familiar.
Tarde insuportável, os cabelos presos com uma caneta e o calor anestesiando o cérebro e o corpo. Ao alcance da mão, o único remédio plausível: sombra e água fresca.
Fim de tarde, bolo de aniversário.
E, como último recurso da noite, tudo voltou aonde começou: ao sofá, ao livro e às pernas cruzadas...
Segunda
Café descompromissado com uma ótima companhia, a manhã passando lenta e muitos planos em vista... Valeu, Lisi, boa viagem!!!
E agora, eu casada com minha rotina.
Trilha Sonora: Os cegos do castelo, de Nando Reis. (parece que adivinharam a fase em que eu estava e resolveram tocar essa música em todos os lugares 'por onde andei'.)
Pela manhã, as pernas cruzadas sobre o sofá, o silêncio à sua volta, e entre os dedos um livro de poesias...
À tarde, a cabeça que latejava e a sensação de estar fora do lugar, mas ainda com várias sacolas na mão, em meio ao tumulto.
À noite, a calça branca, o salto alto, o Pub na cor de Beatles e, algumas cervejas depois, o pensamento que voou descontrolado.
Domingo
O rosto inchado e o sono vencendo todas as batalhas.
Almoço, literatura e política no ambiente familiar.
Tarde insuportável, os cabelos presos com uma caneta e o calor anestesiando o cérebro e o corpo. Ao alcance da mão, o único remédio plausível: sombra e água fresca.
Fim de tarde, bolo de aniversário.
E, como último recurso da noite, tudo voltou aonde começou: ao sofá, ao livro e às pernas cruzadas...
Segunda
Café descompromissado com uma ótima companhia, a manhã passando lenta e muitos planos em vista... Valeu, Lisi, boa viagem!!!
E agora, eu casada com minha rotina.
Trilha Sonora: Os cegos do castelo, de Nando Reis. (parece que adivinharam a fase em que eu estava e resolveram tocar essa música em todos os lugares 'por onde andei'.)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
Estou numa fase Nando Reis. E adoro esta música, por isso aí está.
All Star
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje
Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra... laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje...
All Star
Nando Reis
Composição: Nando Reis
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as índias mas a terra avisto em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje
Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu all star azul combina com o meu preto de cano alto
Se o homem já pisou na lua, como eu ainda não tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas para a tua voz parece exato
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra... laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali e entro no elevador
Aperto o 12 que é o seu andar não vejo a hora de te encontrar
E continuar aquela conversa
Que não terminamos ontem ficou pra hoje...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2005
Não tenho dormido muito bem nestas últimas noites. Além da gripe que me abalou, ando muito exausta. Em meus sonhos, me vejo quase sempre caminhando sozinha em meio de uma imensa cidade que não conheço, e sempre com a sensação de estar perdida. Talvez meu inconsciente esteja me avisando da necessidade de encontrar meu norte. Talvez eu não saiba mesmo para onde direcionar meu olhar. Ou talvez tudo isso seja apenas um pesadelo. Sei lá.
Tenho os pulsos doídos, por estar há três dias seguidos digitando documentos infindáveis, e tenho os ouvidos cansados de tanto ouvir besteiras. Fora isso, nada acontece em meu dia modorrento. Com exceção de algumas poucas e tímidas palavras que li...
Fim de ano é uma porcaria mesmo. Pouco tempo, muito o que fazer e uma sensação enorme de impotência.
Li um conto ótimo do Júlio Cortázar: "Carta a una señorita en Paris". Pelo menos isso valeu a pena.
E a trilha sonora tem sido muito variada. Neste momento, estou ouvindo Nando Reis, que canta repetidamente: "Não vou me adaptar" Acho que estou concordando com ele...
Fê, continuo torcendo por ti, pela tua família e pelo teu pai. Conta comigo, sempre, sempre.
E é isso.
Tenho os pulsos doídos, por estar há três dias seguidos digitando documentos infindáveis, e tenho os ouvidos cansados de tanto ouvir besteiras. Fora isso, nada acontece em meu dia modorrento. Com exceção de algumas poucas e tímidas palavras que li...
Fim de ano é uma porcaria mesmo. Pouco tempo, muito o que fazer e uma sensação enorme de impotência.
Li um conto ótimo do Júlio Cortázar: "Carta a una señorita en Paris". Pelo menos isso valeu a pena.
E a trilha sonora tem sido muito variada. Neste momento, estou ouvindo Nando Reis, que canta repetidamente: "Não vou me adaptar" Acho que estou concordando com ele...
Fê, continuo torcendo por ti, pela tua família e pelo teu pai. Conta comigo, sempre, sempre.
E é isso.
sábado, 10 de dezembro de 2005
Indignada, por estar trabalhando no fim-de semana
Triste, pela situação de minha amiga
Solitária, por estar apenas na companhia de muitas fitas e um computador silente
Arrependida, pelo click feito na manhã
E gripada, pra piorar tudo isso...
Mas ainda assim, tenho expectativas de horas melhores. Dias melhores. E noites bem dormidas.
Triste, pela situação de minha amiga
Solitária, por estar apenas na companhia de muitas fitas e um computador silente
Arrependida, pelo click feito na manhã
E gripada, pra piorar tudo isso...
Mas ainda assim, tenho expectativas de horas melhores. Dias melhores. E noites bem dormidas.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2005
Máquinas de Fazer Máqunas
Composição: Nei Lisboa
Olha as horas
Olha as horas como passam
Distraídas em silêncio
Como marcam seus compassos
Olha as horas como esperam
Como se espreguiçam
Olhas as horas como voam
E não marcam compromissos
Com máquinas de fazer máquinas de fazer nada, nada disso
Máquinas de fazer máquinas de máquinas, de fazer nada
Olhas as horas
Como mudam pelo mundo afora
Como fazem hora, como viram zero
Olha as páginas da história
Olha a folha solta pelo vento
Olha a cor do teu cabelo
Olha as horas como fazem seu serviço
E as máquinas de fazer máquinas de fazer nada, nada disso
São só máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Olhas as horas como rendem versos, como inventam
Como comem pensamentos
Olha a máquina do tempo
Olha as horas como tecem
Olha as horas como esquecem
Olha as horas como sonham
Não ter nada a ver com isso
Com máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Teresa, deixando-se escorregar suavemente por entre as horas...
Olha as horas
Olha as horas como passam
Distraídas em silêncio
Como marcam seus compassos
Olha as horas como esperam
Como se espreguiçam
Olhas as horas como voam
E não marcam compromissos
Com máquinas de fazer máquinas de fazer nada, nada disso
Máquinas de fazer máquinas de máquinas, de fazer nada
Olhas as horas
Como mudam pelo mundo afora
Como fazem hora, como viram zero
Olha as páginas da história
Olha a folha solta pelo vento
Olha a cor do teu cabelo
Olha as horas como fazem seu serviço
E as máquinas de fazer máquinas de fazer nada, nada disso
São só máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Olhas as horas como rendem versos, como inventam
Como comem pensamentos
Olha a máquina do tempo
Olha as horas como tecem
Olha as horas como esquecem
Olha as horas como sonham
Não ter nada a ver com isso
Com máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Máquinas de fazer máquinas de fazer máquinas de fazer nada
Teresa, deixando-se escorregar suavemente por entre as horas...
sexta-feira, 2 de dezembro de 2005
O mundo dá voltas à minha volta. Dúvidas assomam à minha margem e dezembro não trouxe o alívio que eu tanto esperei. Escondo sob a fachada de meu sorriso uma leve obscuridade, plena de incerteza. Não me questionem os motivos. Seria cruel demais exigir-me respostas que não conheço.
Queria sentar-me à beira do mar e afundar meus pés na areia, olhar para o horizonte e esperar que o mar abra sua garganta e trague todo meu mal-estar.
.
...
Fê, estou torcendo por ti, pelo teu pai, pela tua família. Faz um dia que saíste daqui e já sinto saudades de topar contigo na escada. Mas sei que aí estarás melhor.
...
Reproduzo aqui trecho de uma crônica que escrevi há pouco mais de um ano, mas que cabe bem neste meu dia:
"Vejo olhos cegos, ouço juízos surdos, aspiro uma atmosfera poluída física e espiritualmente. Estou exaurida, imersa num deserto árido de silêncio, de palavras que emudeceram com minha perplexidade diante de descompostos fatos."
Teresa, sem mais nada a dizer;
Queria sentar-me à beira do mar e afundar meus pés na areia, olhar para o horizonte e esperar que o mar abra sua garganta e trague todo meu mal-estar.
.
...
Fê, estou torcendo por ti, pelo teu pai, pela tua família. Faz um dia que saíste daqui e já sinto saudades de topar contigo na escada. Mas sei que aí estarás melhor.
...
Reproduzo aqui trecho de uma crônica que escrevi há pouco mais de um ano, mas que cabe bem neste meu dia:
"Vejo olhos cegos, ouço juízos surdos, aspiro uma atmosfera poluída física e espiritualmente. Estou exaurida, imersa num deserto árido de silêncio, de palavras que emudeceram com minha perplexidade diante de descompostos fatos."
Teresa, sem mais nada a dizer;
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