sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

O mundo dá voltas à minha volta. Dúvidas assomam à minha margem e dezembro não trouxe o alívio que eu tanto esperei. Escondo sob a fachada de meu sorriso uma leve obscuridade, plena de incerteza. Não me questionem os motivos. Seria cruel demais exigir-me respostas que não conheço.
Queria sentar-me à beira do mar e afundar meus pés na areia, olhar para o horizonte e esperar que o mar abra sua garganta e trague todo meu mal-estar.
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Fê, estou torcendo por ti, pelo teu pai, pela tua família. Faz um dia que saíste daqui e já sinto saudades de topar contigo na escada. Mas sei que aí estarás melhor.

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Reproduzo aqui trecho de uma crônica que escrevi há pouco mais de um ano, mas que cabe bem neste meu dia:

"Vejo olhos cegos, ouço juízos surdos, aspiro uma atmosfera poluída física e espiritualmente. Estou exaurida, imersa num deserto árido de silêncio, de palavras que emudeceram com minha perplexidade diante de descompostos fatos."

Teresa, sem mais nada a dizer;

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