"Nunca quis. Nem muito, nem parte. Nunca fui eu, nem dona, nem senhora. Sempre fiquei entre o meio e a metade. Nunca passei de meios caminhos, meios desejos, meia saudade. Daí o meu nome: Maria Metade."
(Mia Couto, o Fio das Miçangas, em "Meia culpa, meia própria culpa")
***
Dona Maria Metade passou a ser fração quando levantou-se do sofá estampado cor-de-rosa, de onde podia ver-se um limoeiro despontando seus frutos no mês de abril.
Foi embora e azedou.
4 comentários:
uau, tenho que comprar esse livro!
ótimo trecho.
(ok, a tia Simpson aqui enxerga um certo espelho no trecho, mas tudo bem, espelhos polidos pelo Mia, ótimo!)
beijooo
A outra habitante de Springfield faz dela as palavras da srta Simpson! Exceto por comprar o livro, que não to podendo comprar nem pirulito, dpois vcs emprestam, ô vida besta sô... :-p
Tere, esse trecho dialoga com o "Quase" do Sá Carneiro, que vc acha? Dá uma espiada: http://lulinlulin.blogspot.com/search?q=S%C3%A1+Carneiro
Um pouquinho da obra.. Pra tomar conhecimento.. Adorei o trecho!
Beijos.
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