quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pesadelos

Eu era personagem de um filme, que procurava incessantemente o assassino de alguém. Queria puni-lo, severamente, por seu crime. Quando, finalmente, o encontrei, peguei minha gilete do bolso e assassinei a giletadas três pessoas que assistiam à cena.
Nesse exato momento, descobri que estava grávida de quatro meses.

A criança mexia-se em minha barriga, de uma forma descomunal, horrenda, um ensaio para alien, e eu me queixava de muitas dores. Corri para o hospital, numa tentativa de redenção, e lá me arrancaram a criança. Saí aliviada, mas sem ninguém nos braços.

Na porta do hospital, encontrei uma amiga e resolvi passar o resto do dia com ela. Fizemos muitas compras juntas, tomamos sorvete de laranja e jogamos conversa fora. Ao chegar em casa, olhei no calendário e vi que era 31 de dezembro, data do aniversário dela. Eu havia me esquecido completamente. Então, corri ao computador, e busquei desesperadamente uma loja que entregasse cestas de presentes, café da manhã ou algo do tipo, para que eu pudesse me redimir. O único que consegui encontrar foi o anúncio de um enterro, de duas pessoas conhecidas.

Sôfrega, corri ao cemitério. Quando lá cheguei, já estavam simulando o enterro de uma das pessoas. Simulando? Sim, simulando. No caixão, havia um senhor muito velhinho, parecido com o Chacrinha, que fez de conta que havia morrido, para representar o seu amigo morto que não podia estar ali no momento. A outra pessoa que havia morrido era uma amiga minha que faleceu num acidente de trânsito há uns dez meses. Ela havia morrido pela segunda vez. E seria enterrada novamente. O meu último comentário foi:
- Desta vez, pelo menos ela está bem menos inchada.

Acordei.

E agradeci, feliz, pelo dia estar ensolarado.

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