Ando mal-assombrada. Já não consigo dormir à noite e tenho medo de escuro, de novo.
Assombros
Affonso Romano de Sant'Anna
Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.
Um comentário:
Nossa, adoro o Affonso, essa selação dos poemas do teu blog, uau, ótimaaaa! temos, tbm , muitas afinidades poéticas.
ah, sempre bom passar por aqui e ler coisas tão boas!
beijocas,Lisi
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