quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Hamlet foi morto por uma espada, mas não uma espada qualquer. Laertes havia posto veneno no fio. Hamlet morreu com um corte envenenado.

Palavras podem ser tão letais quando a espada que matou Hamlet.

Há aquelas palavras que apenas cortam. Outras, injetam veneno. E o veneno vai entrando na carne, imperceptível, e vai sufocando, sufocando.

Não tenho nem mais meia hora de vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Em contagem regressiva para novembro! Eu adoro esse mês

Antes de qualquer coisa, a Feira do Livro de Porto Alegre começa sexta-feira, dia 31/10.

EEEEEEEEEEEEEEE

A semana começou cedo. Os próximos dias serão fervorosos. Estou numa ansiedade do cão.

Mas vocês nem imaginam como eu adoro isso. O marasmo me intoxica.

01/11 - Festa à fantasia! Estão todos convidados. Será para comemorar o meu aniversário (que é no dia 04/11) e o da minha grande amiga Deby (que é no dia 31/10). Quem estiver por Gravataí ou quiser vir de onde for, me manda um recadinho que eu explico onde é.

ANTOLÓGICOS, vocês também estão convidados, viu???


04/11 - Meu niver!!!!!!!!!!!!!

07 E 08/11 - Prova de seleção para o Mestrado em Teoria da Literatura (ai, que nervos).

10/11 - Sessão de autógrafos 104 que contam, às 20 horas.
LOCAL: Memorial do RS

11/11 -
Apresentação do trabalho O papel das Oficinas Literárias na formação de autores contemporâneos, por Teresa Azambuya.
Encontro Nacional de Oficinas Literárias
Centro Cultural Érico Veríssimo, às 17 horas.

15/11 -
Sessão de autógrafos de Antológicos, às 14 horas.
LOCAL: Memorial do RS


E lá vou eu!!!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Lançamento 104 que contam

Foi lindo! Obrigada, Karen e Vivi, que me prestigiaram! E aos que não puderam, não esqueçam da Feira do Livro!


Ah, uma curiosidade: uma das autoras do livro, descobri ontem, foi minha professora de italiano!!!

A Feira do Livro de Porto Alegre inicia dia 31 de outubro.

Nos vemos lá!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

104 que contam

É amanhã o lançamento do mais novo livro do qual eu participo!


Espero ver vocês por lá!

E, para o ano que vem, quem sabe um livro próprio? Já está na hora...

Família de leitores

domingo, 19 de outubro de 2008

Domingo de sol




Ah, sol, vê se aparece mais vezes!

Autógrafos, literatura e futebol

Ontem, em São Leopoldo, os ANTOLÓGICOS autografaram sua obra na XXIII Feira do Livro.

É sempre bom reencontrar os amigos! Abraços pra todos vocês! E obrigada a todos os que nos prestigiaram!

Autografar é ótimo, né...


A sessão foi antecedida por um bate-papo sobre Literatura e Futebol, entre Fabrício Carpinejar (poeta), Mário Corso e Norton (psicanalistas) e Edson (antropólogo).


O evento foi agradável, mas tenho minhas opiniões divergentes em relação ao assunto e a algumas das considerações que eles fizeram. Ainda que os caras sejam uns figurões, vale sempre nosso posicionamento crítico.


O ponto pacífico em relação aotema foi: o maior esporte nacional não é o futebol. É falar sobre futebol. Seguido, é claro, de assistir às partidas.


E o exemplo eu tive hoje. Enquanto meu excelentíssimo assistia à final do Campeonato Mundial de Futebol de Salão, eu passei em frente à tv para pegar uma fralda para o Augusto. O que ele me disse? Nada. Ele simplesmente grunhiu pra mim, ou rosnou.

- rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

E eu fiquei de mau-humor o resto da tarde.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Sessão de autógrafos

Amanhã, em São Leopoldo, após palestra com Mário Corso e Fabrício Carpinejar, às 17 horas, estaremos autografando ANTOLÓGICOS!

Segue endereço da Biblioteca Municipal onde ocorrerá o evento:

Rua Oswaldo Aranha, 934 - Centro, São Leopoldo.

Espero vê-los por lá!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Eu e meu pai

Seu Álvaro, meu pai, fez as estantes da biblioteca de um poeta sem nem imaginar que um livro com o nome sua filha seria colocado lá.

Acessem a crônica em que Fabrício Carpinejar conta essa história, aqui.

Não deixem de ler!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dia do professor

Hoje é Dia do Professor. E, embora não exerça (por enquanto) a profissão, tenho dois diplomas que me credenciam a receber os parabéns! :D

***

Enquanto eu olhava pela janela do ônibus, cansada de ver as letras do livro que eu tinha no colo tremilicando em frente a meus olhos, comecei a ouvir um choro. Há muito tempo não ouvia choro tão doído, desesperado.

Olhei para trás e vi uma menina de uns oito anos, mochila nas costas, segurada à barra do assento ao fundo. Chorava e avermelhava, olhando para os lados. O desespero que demonstrava aumentava à medida que o ônibus acelerava e que ela não encontrava nenhum rosto conhecido a socorrê-la.

Fui até ela e, com aquele jeito de mãe que aprendi a ter, segurei-lhe o ombrinho e perguntei-lhe:

- Que foi?

Ela, elevando as lágrimas até a linha de meus olhos, disse:

- O ônibus não parou na minha escola, está tudo vazio!

Entendi a súplica e, imediatamente, acionei a campainha. Não havia aula na escola hoje, já que era feriado do dia do professor. E a menina, desavisada, embarcou sozinha no ônibus e não tinha como voltar para casa.

O motorista parou a condução. E, por dez segundos, todos ficamos ali, inertes, olhando o rosto inchado da menina e não sabendo o que fazer com ela. Resolvi perguntar se ela sabia o telefone da sua mãe. Entre engasgos, ela conseguiu ditar-me o número.

Conversei com a mãe daquela menina, explicando-lhe o ocorrido. O impasse com que nos deparamos é que nós tínhamos que seguir viagem, tínhamos horários a cumprir, mas, ao mesmo tempo não podíamos deixar aquela garotinha ali, sozinha. Então, antes mesmo de eu terminar a sugestão, todos concordaram: vamos levar a menina até a escola, onde estaria esperando uma kombi escolar que, a pedido de sua mãe, a levaria até sua casa.

E assim, fizemos o caminho reverso. No horário em que estávamos acostumados a ir, voltávamos. Chegamos todos atrasados ao trabalho, tivemos que dar explicações aos nossos chefes, mas fomos unânimes em ajudar. O que me surpreendeu, de certa forma, porque estamos acostumados a ver sempre alguém que reclama, mau-humorado.

É possível ainda acreditar nas pessoas.

A menina deve estar, a esta hora, brincando de professora e dando a aula que não teve, para a sua boneca preferida.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Calendário

Pessoal, aí está o calendário de minhas atividades literárias para o mês de outubro:

Início do mês

Na Revista Crescer deste mês, Fabrício Carpinejar assina uam crônica em que relata uma história sobre mim e sobre meu pai. Já nas bancas!

Dia 18 de outubro, às 17 horas

Sessão de autógrafos de ANTOLÓGICOS, na Feira do Livro de São Leopoldo.

Dia 21 de outubro, às 19h30min

Lançamento e Sessão de autógrafos do 104 que contam, no Memorial do Rio Grande do Sul.



Prestigiem onde, como e quando puderem!

A vida é feita de escolhas.

Este não pretende ser um anúncio publicitário ou mais um chavão, daqueles tantos que a gente vê por aí, em livros de auto-ajuda ou naquelas mensagens .pps que todo mundo recebe. É uma reflexão pessoal.

Os postos que alcançamos, as pequenas glórias que conquistamos são, muitas vezes, invejadas pelas pessoas. Mas essas pessoas não sabem que pra eu estar lá, recebendo meu diploma, eu deixei de conviver com aqueles de quem eu gostava, em alguns momentos. Que pra eu ter um filho maravilhoso, eu passei pela pior dor da minha vida. Que pra eu estar lá, numa sessão de autógrafos, eu perdi horas de sono, fiquei até tarde com os olhos ardendo em frente ao computador. Que pra eu estar lá, no cargo de chefe no meu serviço, eu ralei pra caramba, levei trabalho pra casa e comi um sanduíche em vez de tirar uma hora pra almoçar num restaurante. (isso, claro, nas vias normais, ou pelo menos dignas).

Eu fiz muitas outras escolhas. Preteri pessoas muito caras a meu coração, deixei de agir quando, aos olhos dos outros, mover-me fosse imprescindível. Isso me trouxe sofrimento e, por outro lado, me fez ter um posto confortável, quem sabe esse mesmo que me disseram, o de "filha preferida".

Cada um sabe o que faz. Ou melhor, o que escolhe. E cada um sabe o preço que paga por isso.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Explicação

A autora deste blog está temporariamente indisponível.

Motivo: sucessivas moléstias que a acometeram desde o dia das eleições...

(É sério!)

Inté.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Alô, eleitores, o circo chegou

Dificilmente falo sobre política, ainda que esteja imersa todos os dias nesse meio. E exatamente por isso é que não dá pra falar, porque trabalho para a Câmara, para todos os Vereadores da Câmara, e aí demonstrar algum tipo de preferência pode me prejudicar e muito.

Bem, mas não dá para ficar quieta depois dessa. Gravataí city virou uma bagunça política.

Domingo, assisti ao debate dos candidatos a Prefeito: Bordignon, Jones, Edir e Sampaio. Quatro candidatos, cada um defendendo a proposta que julgava melhor para a cidade.
Na terça-feira, Bordignon foi cassado. Em seu lugar, ficou a candidata a vice, Rita Sanco.
Na sexta-feira, Edir renunciou. Quem votar nele, terá seu voto anulado.

Bom, e aí?

Aí que o eleitor é palhaço. Os camaradas passam três meses fazendo campanha política, dizendo: nossa proposta é melhor, nós vamos ampliar o pronto atendimento, nós vamos investir em educação, nós não sei o que. E aí, a dois dias das eleições, eles jogam a proposta pro alto, dane-se, vamos apoiar o que é interessante polticamente. Conchavos e conchavos. E o resto que se exploda.

E o povo? Ah, o povo vota. O povo é quem decide. Mas não sabe o que decidir, não sabe o que fazer, porque não se sabe nem mesmo quem são os reais candidatos. Não se sabe se amanhã ainda serão os mesmos.

Aí, questionei: não seria mais certo anular a eleição aqui? Pra fazer uma coisa organizada, decente, onde todos os eleitores tenham a informação correta?

Responderam-me: como é que vão anular a eleição? E o dinheiro que os candidatos já gastaram? Não pode!

O povo pagará quatro anos para que os candidatos não gastem mais do seu dinheirinho, oh, coitadinhos, conquistado com tanto "suor"...

É o fim. Eu sou uma eleitora revoltada. E deixa eu colocar o meu nariz de palhaço, que é assim que eu vou votar lá no domingo.