Quatro e meia da manhã, ao som da chuva:
De tudo
Das poucas coisas vividas:
Um abraço escondido
Um beijo atrás da porta
Um olhar infinito depois do amor
Ficaram apenas as lembranças
Encarceradas na memória
Presas, condenadas
A serem espectros, assombrações.
Dos muitos desejos conjuntos
Uma viagem
Um banho de chuva
Café da manhã, pão e mel
Restou um recusável presente,
Uma liberdade indesejada
E todos os silêncios
Eternos e necessários.
E de um instante
- como na descoberta! -
Fez-se, também, triste,
A despedida.
Um comentário:
Oi Tere!! Poesia maravilhosa. "Adorei a liberdade indesejada." Quero te ver, menina. Quero ver esse barrigão. bjos cheios de saudades
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