sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estou exausta.

E por isso te peço de presente umas horas de sono
e tua companhia silente.
Não estendas tua mão,
não me ofereças um chá,
não me confortes com palavras genéricas e ocas.
Não.
Apenas esteja ao alcance
Apenas cuide para que meu cansaço se desfaça,
enquanto sorrio sonhando.

Não me digas que a vida vale a pena
que tudo passa
que eu sou forte.
Não.
Não quero teus lábios ofertando-me beijos e conselhos.
Dá-me apenas teus olhos,
que me compreendem mas não me invadem.

Hoje, só hoje,
me ajude.
Preciso inexistir.

***

(inspirada no poema anterior, do Mario Benedetti)

Um comentário:

Anônimo disse...

Mega lindo T!! Parabéns!! Viva a tristeza que inspira