quinta-feira, 30 de junho de 2011
Braquiossauro
(só mais esta, de mãe coruja)
O meu filho tem só quatro aninhos... Mas olha que fofo, já sabe todo o alfabeto e está aprendendo a escrever as letrinhas. Ontem, ele fez este desenho e escreveu (em duas tentativas) a sílaba BRA, de Braquiossauro.
Não é um amor?
(Tá, eu sei que é corujice, mas essa tá merecendo, rsrs.)
terça-feira, 28 de junho de 2011
Lição sobre prefixos e doliches
- Mamãe, por que aquela cama que tem dois andares se chama beliche?
- Porque sim, filho, bi vem de dois, são duas camas.
- Mas então por que não se chama "doliche"?
(Ah, se tudo fosse tão simples assim...)
- Porque sim, filho, bi vem de dois, são duas camas.
- Mas então por que não se chama "doliche"?
(Ah, se tudo fosse tão simples assim...)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Invento
Música propícia para um dia como hoje, de muito vento (lá fora e aqui dentro)
Invento
Vitor Ramil
Composição: Vitor Ramil
Vento
Quem vem das esquinas
E ruas vazias
De um céu interior
Alma
De flores quebradas
Cortinas rasgadas
Papéis sem valor
Vento
Que varre os segundos
Prum canto do mundo
Que fundo nao tem
Leva
Um beijo perdido
Um verso bandido
Um sonho refém
Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar
Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar
Vento
Que dança nas praças
Que quebra as vidraças
Do interior
Alma
Que arrasta correntes
Que força as batentes
Que zomba da dor
Vento
Que joga na mala
Os móveis da sala
E a sala também
Leva
Um beijo bandido
Um verso perdido
Um sonho refém
Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar
Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar
Invento
Vitor Ramil
Composição: Vitor Ramil
Vento
Quem vem das esquinas
E ruas vazias
De um céu interior
Alma
De flores quebradas
Cortinas rasgadas
Papéis sem valor
Vento
Que varre os segundos
Prum canto do mundo
Que fundo nao tem
Leva
Um beijo perdido
Um verso bandido
Um sonho refém
Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar
Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar
Vento
Que dança nas praças
Que quebra as vidraças
Do interior
Alma
Que arrasta correntes
Que força as batentes
Que zomba da dor
Vento
Que joga na mala
Os móveis da sala
E a sala também
Leva
Um beijo bandido
Um verso perdido
Um sonho refém
Que eu não possa ler, nem desejar
Que eu não possa imaginar
Oh, vento que vem
Pode passar
Inventa fora de mim
Outro lugar
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Estou exausta.
E por isso te peço de presente umas horas de sono
e tua companhia silente.
Não estendas tua mão,
não me ofereças um chá,
não me confortes com palavras genéricas e ocas.
Não.
Apenas esteja ao alcance
Apenas cuide para que meu cansaço se desfaça,
enquanto sorrio sonhando.
Não me digas que a vida vale a pena
que tudo passa
que eu sou forte.
Não.
Não quero teus lábios ofertando-me beijos e conselhos.
Dá-me apenas teus olhos,
que me compreendem mas não me invadem.
Hoje, só hoje,
me ajude.
Preciso inexistir.
***
(inspirada no poema anterior, do Mario Benedetti)
E por isso te peço de presente umas horas de sono
e tua companhia silente.
Não estendas tua mão,
não me ofereças um chá,
não me confortes com palavras genéricas e ocas.
Não.
Apenas esteja ao alcance
Apenas cuide para que meu cansaço se desfaça,
enquanto sorrio sonhando.
Não me digas que a vida vale a pena
que tudo passa
que eu sou forte.
Não.
Não quero teus lábios ofertando-me beijos e conselhos.
Dá-me apenas teus olhos,
que me compreendem mas não me invadem.
Hoje, só hoje,
me ajude.
Preciso inexistir.
***
(inspirada no poema anterior, do Mario Benedetti)
quarta-feira, 15 de junho de 2011
No te salves
Ano passado, por ocasião do falecimento de Mário Benedetti, escritor uruguaio, escrevi um post fazendo-lhe uma homenagem.
Hoje, no Curso de Literatura hispânica que estou fazendo, tive uma aula sobre ele. Cada vez mais me impressiona a riqueza de sua poesia. Por isso, ele está no rol de meus escritores preferidos.
No te salves
No te quedes inmóvil
al borde del camino
no congeles el júbilo
no quieras con desgana
no te salves ahora
ni nunca
no te salves
no te llenes de calma
no reserves del mundo
sólo un rincón tranquilo
no dejes caer los párpados
pesados como juicios
no te quedes sin lábios
no te duermas sin sueño
no te pienses sin sangre
no te juzgues sin tiempo
pero si
pese a todo
no puedes evitarlo
y congeles el júbilo
y quieres con desgana
y te salvas ahora
y te llenas de calma
y reservas del mundo
sólo un rincón tranquilo
y dejas caer con los párpados
pesados como juicios
y te secas sin lábios
y te duermes sin sueño
y te piensas sin sangre
y te juzgas sin tiempo
y te quedas inmóvil
al borde del camino
y te salvas
entonces
no te quedes conmigo.
(Mário Benedetti)
Hoje, no Curso de Literatura hispânica que estou fazendo, tive uma aula sobre ele. Cada vez mais me impressiona a riqueza de sua poesia. Por isso, ele está no rol de meus escritores preferidos.
No te salves
No te quedes inmóvil
al borde del camino
no congeles el júbilo
no quieras con desgana
no te salves ahora
ni nunca
no te salves
no te llenes de calma
no reserves del mundo
sólo un rincón tranquilo
no dejes caer los párpados
pesados como juicios
no te quedes sin lábios
no te duermas sin sueño
no te pienses sin sangre
no te juzgues sin tiempo
pero si
pese a todo
no puedes evitarlo
y congeles el júbilo
y quieres con desgana
y te salvas ahora
y te llenas de calma
y reservas del mundo
sólo un rincón tranquilo
y dejas caer con los párpados
pesados como juicios
y te secas sin lábios
y te duermes sin sueño
y te piensas sin sangre
y te juzgas sin tiempo
y te quedas inmóvil
al borde del camino
y te salvas
entonces
no te quedes conmigo.
(Mário Benedetti)
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