Ontem eu vi, no ônibus, um diálogo entre duas meninas de uns dez anos, mais ou menos assim:
- Guria, que tu achou da novela nova?
- Ah, não vi ainda.
- Pois é, eu vi e o que mais adorei foram os homens!
Eu pasmei.
Quando eu tinha dez anos de idade, brincava de bonecas. E meu pai me dizia que eu chegaria a uma idade em que deixaria de gostar das bonecas e passaria a gostar dos bonecos. Eu corava, ficava com vergonha quando ele dizia isso.
Os tempos mudaram, ok. Pareço minha vó dizendo "no meu tempo era assim". Mas ver aquela guriazinha falando aquilo com tanta naturalidade me causou estranhamento.
Será que tanta liberdade é realmente bom?
Eu tenho minhas dúvidas. E são muitas.
2 comentários:
Li teu livro de poesias quando o ganhei de um amigo e, agora, percebo que foi mesmo um presente. Escreves de um jeito singelo, quase tímido (ou bastante tímido), mas com muita, muita sensibilidade. Agradeço pelas emoções que me provocam tuas palavras. Não há nada mais aconchegante que o afeto que repartes com os outros em teus versos, tuas frases, teus pensamentos. Obrigado de novo Teresa. Abraço, Rubem
Rubem,
eu é que agradeço imensamente tuas palavras.
Escrever é um ato muito solitário e publicar é um desafio. Por isso, receber o retorno de um leitor, como tu, é sempre uma grande alegria, uma grande satisfação!
Abraço,
Teresa.
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