São onze e meia da noite, está tudo em silêncio por aqui. Já pus a fraldinha noturna no Augusto, já amamentei e já o fiz dormir. Agora ele ressona no bercinho, enquanto eu estou aqui, escrevendo meu trabalho de conclusão.
Parei para olhar em volta e calcular minha nova rotina para amanhã, dia em que encerro uma fase da minha vida (mais uma) e recomeço outra. Volto a trabalhar. Preciso contabilizar horários, os minutos da manhã serão sagrados: devo dividi-los entre o banho do Augusto, a mamadeira, as roupinhas que devem ficar lavadas e passadas, o almoço e, por fim, minha roupa para trabalhar, meu banho, minha arrumação. Ufa. Só de pensar já me deu uma canseira.
Volto à vida de antes, às pessoas de antes, mas com uma visão de mundo bem diferente. Acho que melhor, ainda não sei avaliar.
O que eu não quero é que esta seja uma noite de insônia. Não pelo Augusto, claro, porque ele é um amor, sempre dorme a noite toda. Mas temo pelo resquício de uma Teresa que vai voltar, de uma Teresa que tinha muita insônia, de uma Teresa que se iludiu e se estrepou, de uma Teresa muito CDF que se preocupa demais com os deveres (profissionais, acadêmicos e domésticos). Bom, é melhor parar de filosofar, isso ativa demais o pensamento e isso não é bom a essa hora da noite. Não pra quem quer dormir.
Vou lá pôr meu pijama. Amanhã será um novo dia e espero que seja bom.
Boa noite.
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