sábado, 16 de julho de 2005

Os olhos abertos no escuro da madrugada projetaram no teto do quarto toda uma jornada de preocupação, nervosismo, ansiedade, dúvida e incerteza.
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Pleno sábado, "a chuva cai sobre a cidade pálida" e eu obrigada a acordar mais cedo no meu primeiro sábado de férias do curso de italiano, para cumprir uma obrigação profissional.
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As pessoas não se dão conta do poder bélico das palavras. Despejam-nas sobre os outros de qualquer forma, sem se importar se elas contundem, ferem, agradam ou estragam um dia inteiro. Foi o que aconteceu comigo neste infeliz sábado de chuva. Um pouco de lágrimas derramadas pelo céu, um pouco de lágrimas minhas derramadas sobre o parapeito da janela. No segredo. No silêncio.
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Palavra mágica essa, "profissional". É o que muita gente por aí pensa que é, mas na verdade faz de conta...
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Sem querer ser redundante, más já sendo, repito uma pergunta para a qual ainda não encontrei resposta: é possível sentir saudades do que ainda não se conheceu? Ou do que se conheceu parcialmente?
Eu não sei, mas eu sinto.

Trilha Sonora: A chuva... tem coisa mais deprimente?
Livro: O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago.

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