quarta-feira, 28 de maio de 2008

É tão difícil entender as fatalidades...

Renan se foi hoje, às quatro e meia da manhã. Exatamente uma semana após sua mãe, que havia falecido, no mesmo horário, na quarta-feira passada.

A história trágica desses dois se torna mais trágica a cada detalhe conhecido. Por isso, é melhor silenciar.

São duas vidas que se foram, e um amigo que fica só. Sem a família que construiu. Família essa que eu assisti desde o início, desde o namoro e casamento dos dois, o nascimento do filho, enfim.

É tão difícil entender as fatalidades...

Fabi, Renan, ficaremos cuidando do Rafa pra vocês.

Descansem em paz.

terça-feira, 27 de maio de 2008


Gente.

Ando meio sem palavras há dias, tantos foram os acontecimentos trágicos com os quais me deparei nesta última semana.

Fabi, a minha amiga que sofreu o acidente de trânsito, faleceu na última quarta-feira.
Seu filho, Renan, que estava em coma, está praticamente com morte cerebral. Apenas uma pequena parte de seu cérebro está sendo levemente irrigada. Todos os dias são feitos exames somente para constatar se seu cérebro ainda não se foi. Dias sem esperanças, um após o outro.

Triste vê-los lá, no álbum da festa de um ano do Augusto. Triste saber que não voltarão.
Triste encontrar tantos queridos amigos, que há tempos eu não via, num velório.
Triste relembrar tantas músicas, tantos acordes, triste eu pegar novamente num violão numa situação como essas.
Triste sentir a falta da voz da Fabi nas músicas.
Triste lembrar aquele Festival de Músicas de que participei; lembrar que, naquele dia, eu toquei a barriga imensa da Fabi, e o Renan mexeu seu cotovelinho na minha mão.
Triste, muito triste.

Ficaremos com saudades, amiga. Renan, continuamos rezando por ti. Rafa, por ti também, para que tenhas força, sempre.

(Fabi e Rafa)



Já ouvi tanto consolo, tantas explicações para o fato...

Mas hoje, eu só queria dizer que estou
triste.

Só.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Mamãe, hoje vou enxergar tudo diferente!




(É ou não é o máximo esse meu menino???)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O melhor presente de dia das Mães: Augusto aprendeu a caminhar sozinho!!!

***

A pior notícia que se poderia receber num dia como esses: uma amiga (grávida de quatro meses, sem saber) e seu filho de onze anos, em coma, depois de um acidente de trânsito gravíssimo.

Após o estado de choque e as muitas lágrimas derramadas, fiz a minha parte, doei sangue.
E continuo rezando para que esse pesadelo acabe.
Quem se dispuser a doar, fale comigo, que eu darei o nome da paciente e o hospital certinho.

Força pra vocês, Rafa, Fabi e Renan.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

EU TAMBÉM TENHO DIREITO DE EXPLODIR, POXA!



PORQUE RAIOS EU SEMPRE TENHO QUE OUVIR AS ASNEIRAS QUE OS OUTROS ME DIZEM E FICAR SEMPRE QUIETA!



(Desculpem, mas hoje foi o dia do festival da estupidez.)


terça-feira, 6 de maio de 2008

Numérica

107 passos do portão até a parada
10 minutos de espera
3 degraus para subir no ônibus
7 km rodados
62 passos para atravessar a rua
3 andares para cima, no elevador
2 andares para baixo, depois de marcar o ponto
25 passos do elevador até a cadeira

48 palavras para descrever
MONOTONIA.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Poema estilhaçado

"Pelo caminho,
atiram pedras nas vidraças!"
- alertou o condutor.

E eu,
que todas as noites contava as estrelinhas
pela janela

Tive de fechar a cortina
e adormecer
a poesia.

Teresa Azambuya

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A pedido

Sem inspiração para escrever de punho próprio, deixo estes versos do meu poeta favorito, o grande Quintana.
Abril se vai. E, numa pequena grande contradição, escolhi o primeiro poema de abril para encerrar o mês, porque eu precisava falar sobre as lembranças, embora saiba que o silêncio sobre esse assunto tenha sido preferido, de outra parte.

PRIMEIRO POEMA DE ABRIL

Vem vindo o Abril tão belo em sua barca de ouro!
Um copo de cristal inventa as cores todas do arco-íris.
Eu procuro
As moedinhas de luz perdidas na grama dos teus olhos verdes,

E até onde, me diz,
até onde irá dar essa veiazinha aqui?
(Abril é bom para estudar corpografia!)

Mario Quintana

quarta-feira, 2 de abril de 2008


Há um ano eu sentia as piores dores da minha vida. E no minuto seguinte, eu sentia a emoção mais forte que uma pessoa pode sentir.

É assim, tentar descrever o nascimento de um filho é praticamente frustrante. Porque é intraduzível.

365 dias depois de ter nascido todo inchadinho, vermelho, morto de fome e chorando o tempo todo, Augusto hoje está um meninão forte, saudável, (continua morto de fome), mas enche de vozes e de alegria a minha casa e a minha vida.

Ele acorda de manhã e diz: "mã mã" (pra me chamar e pra pedir a mamadeira, palavrinha ambivalente, haha). Aponta pra janela e diz: "abi", querendo dizer árvore. Olha pro ventilador e faz "não" com o dedinho gorducho, mas continua indo em direção ao ventilador.

Dá trabalho? Sim, muito. Despesa também. Mas e quem se importa com isso?

Eu amo o meu filho, que está de aniversário hoje. E amo todos os seus sorrisos e todos os seus choros e todas as suas dobrinhas nas pernas e braços e todos os seus dentinhos e seus olhos e todas as suas lágrimas e tudo que tem nele. Porque filho é pra isso, pra ser amado. E muito.

Parabéns à maior alegria de minha vida! O Augusto!


quinta-feira, 27 de março de 2008

Chove
Tão torrencialmente!
As gotas estralam sobre o teto dos carros no pátio

Eu fiquei lembrando dos dedos escorregando na nuca
Tomei um gole de coca-cola gelada
Gota gelada, garganta

Eu tenho muitas coisas a dizer
Não disse
Verbos condenados a muitos anos de cárcere

Os manifestantes não se manifestaram também
Estariam eles adivinhando minha prisão?
Preso, presos,
presa
que o selvagem atacou

Chove
Tão torrencialmente!
Deixei o vidro da janela bater e se partir

Melhor mesmo dar a volta
Retornar ao aquário
De ver, ouvir
E não sentir.

terça-feira, 25 de março de 2008

Confesso
Ana Carolina
Composição: Ana Carolina e Totonho Villeroy

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

(Refrão)
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

(Estribilho)
Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

(Refrão)
Aaaaaah...

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais
(Refrão)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Saudades

De alguém que amava ir à praia
que não vivia sem chocolate
que sentiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaa, muito, com muitas repetições de vogais e muitas intensidade
que não passava um dia sem ler alguma coisa
que chorava de tristeza
que sorria por bobagem
que tinha sonhos irrealizáveis
que tinha esperança de realizá-los
que se espantava com os absurdos que via
que não conseguia ser racional numa briga e que chorava sem conseguir explicar nada

Linearidade é algo terrível
Indiferença também
Na mesma linha, o conformismo
E, por fim, uma imensa tristeza tomando conta da voz, dos dedos, do corpo e da mente...

segunda-feira, 17 de março de 2008


Como é bom, como é bom falar tudo o que estava entalado na garganta, sem chorar, sem se enervar, sem perder a razão.


Missão cumprida!


***


Teresa estava nervosa e foi pescar... Nada melhor para finalizar o finde com efeitos de Lexotan!


quarta-feira, 5 de março de 2008

Palmas para o espetáculo circense!

1º episódio

O palhaço anunciou que ia botar pra fora do picadeiro o anão, seu ajudante, a pontapés.
Chegou na hora do espetáculo, o palhaço olhou para o anão, fez uma cara de espanto e disse: vou embora!

(palmas!)

2º episódio

O mágico disse que ia consumir com toda a sujeira do picadeiro num simples abracadabra. Ao terminar o número, nem percebeu que a sujeira estava toda pendurada na cauda de sua casaca.

(palmas!)

3º episódio

A domadora de leões estava numa jaula fazendo a sua vez com o rei da selva. Levou um susto quando, atrás de si, surgiu um gatinho miando. Chutou-o para longe, alegando que não conversava com bichanos.

(palmas!)

4º episódio

A dona do circo disse que não ia se preocupar com mais ninguém, porque estava surda de um ouvido. Alguém entendeu alguma coisa?

(palmas!)

5º episódio

Um neném caiu da arquibancada.

(ohhhhhhhhh)

6º episódio

A equilibrista, vendo todos os acontecimentos lá de cima, ligou o f*-se.
- Desce, equilibrista!
- F*-se.
- Vai, equilibrista!
- F*-se.

(palmas?)

E mais um espetáculo sem graça chega ao fim.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Descaminhos

Eu quis concertar palavras para explicar por onde ando, muda há tanto tempo.
Desafinei.

Tentei começar

Um trabalho
Uma homenagem
Uma cicatriz no pulso

(Cadê o diapasão?)

Férias na lagoa
Vida descoberta (e despida)
Rumo incerto

(Cadê o diapasão?)

Nada adianta.
Estive por aí, muda.
Agora volto, escrita.

É o que importa, numa escala de dó.
(é de dar dó)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Miss Lexotan terá seu dia de glória hoje, como autora homenageada da Feira do Livro de Gravataí.
Hoje será o Sarau de Lançamento de Feira, com direito a discurso e poesia.
Gente, tô muito nervosa, cruz credo! Então, amanhã conto como foi....
"E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo"

Eita, nóis, hein, amiga...

sábado, 20 de outubro de 2007

Depois da onda de azar que me sobreveio (e que onda, cruzes!), instituo o período de contagens regressivas. Dois mil e sete, com exceção de abril (sempre ele, mês abençoado!), tem que acabar, e logo!

5 dias para Sarau Literário
15 dias para um quarto de século
22 dias para Engenheiros do Hawaii, no Theatro São Pedro
23 dias para entrega do TC
24 dias para o fim do estágio
30 dias para inaguruação da nova câmara
30 dias para sessão de autógrafos na Feira do Livro de Gravataí

E chega de contar. Eu gosto mais de sopa de letrinhas...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Quando você parou de olhar o mar, eu chorei.